Unidade reforça a importância da conscientização e do diagnóstico precoce durante as campanhas de Março Lilás e Azul-Marinho
O mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher com a campanha Março Lilás, cujo objetivo é conscientizar sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino. Além disso, o mês também é conhecido pela campanha Março Azul-Marinho, de conscientização e prevenção ao câncer colorretal.
Diante dessas campanhas de extrema importância, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade do governo de Goiás em Uruaçu, traz informações essenciais sobre as duas doenças e realiza no mês de março ações para ambas as campanhas, a fim de reforçar a importância da conscientização para a população.
Referência em tratamento oncológico no estado e no Sistema Único de Saúde (SUS), o Centro de Oncologia do HCN preparou uma roda de conversa com uma médica oncologista e os pacientes oncológicos e colaboradores da unidade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce, além da distribuição de broches personalizados com as duas cores.
Março Lilás
Segundo a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Esse tipo de tumor é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Por isso é importante o uso de preservativos e a conscientização sobre a prevenção desse tipo de câncer, porque na maioria das vezes ele pode ser evitado.
De acordo com a médica ginecologista e obstetra do HCN, Dra. Elbia Maria de Sousa, o câncer de colo de útero vem acometendo cada vez mais mulheres mais jovens e, por isso, é essencial falarmos sobre o combate e prevenção. “A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponibilizada pelo SUS. Além disso, temos também o exame preventivo, conhecido como Papanicolau, que é simples e pouco invasivo”, ressalta a médica.
O exame deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer e salvando inúmeras vidas.
Março Azul-Marinho
O câncer colorretal, também chamado de câncer de intestino, é o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de mais de 41 mil novos casos por ano no país. Esse tipo de tumor origina-se no intestino grosso, também chamado de colón, e no reto, região final do trato digestivo.
Os principais sintomas da doença incluem alterações recentes no hábito intestinal, como diarreia ou constipação que não se resolvem espontaneamente ou com medicação, presença de sangue nas fezes, cólicas abdominais persistentes, dor durante a defecação e/ou sensação de evacuação incompleta, redução do apetite que pode ou não estar acompanhada de perda de peso, e anemia.
Tradicionalmente, no Brasil, o rastreamento era indicado para pessoas acima dos 50 anos, mas evidências científicas recentes mostram um aumento significativo nos casos de câncer colorretal em pacientes mais jovens. Por isso, seguindo a recomendação de entidades como a American Cancer Society, a nova diretriz sugere a realização dos exames a partir dos 45 anos, visando ampliar as chances de diagnóstico precoce e reduzir a mortalidade da doença.
A prevenção e o diagnóstico precoce são as armas mais poderosas na luta contra o câncer de intestino. A recomendação é clara: se você tem 45 anos ou mais, ou histórico de câncer na família, converse com um médico e faça os exames preventivos. Não espere os sintomas aparecerem, pois o diagnóstico precoce pode salvar sua vida.