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No cenário político atual, a imagem pública de um candidato não se molda mais apenas pelos tradicionais jornais, rádio e televisão. Com a ascensão das mídias sociais, os políticos carregam a responsabilidade de gerir suas narrativas perante os eleitores, exigindo estratégia e autenticidade. Muitos, no entanto, ainda enfrentam desafios neste novo ambiente digital, comprometendo suas carreiras.
À medida que avançamos para os primeiros 100 dias de 2025, é preocupante observar como recém-eleitos prefeitos e vereadores lutam para encontrar seu espaço ou estratégia eficaz nas redes sociais. Embora a era dos "likes" e da alta interação pareça promissora a curto prazo, a superficialidade desta comunicação pode levar à perda de credibilidade e audiência junto aos eleitores a longo prazo.
Em seu mais recente vídeo de Hellen Quida, jornalista e professora especializada em Marketing Político Digital, descreve os "7 Pecados Capitais da Comunicação Política Digital" e como evitá-los, oferecendo um mapa para que os políticos construam uma imagem sólida e duradoura.
Entre os erros fundamentais, destaca-se a "gula", que se refere à busca incessante por atenção e aprovação, sem oferecer valor em troca, comum em políticos que focam demasiado em autopromoção. Para superar este vício, é crucial desenvolver conteúdo educativo e fomentar o diálogo com o público. A "ira" é manifestada pela intolerância às críticas e reações impulsivas nas redes, e a chave é transformar essas críticas em oportunidade de mostrar maturidade e abertura ao diálogo.
A "avareza" é evidenciada pelo medo de investir em novas oportunidades de interação, resultando no uso das redes como simples outdoors. Engajar-se de maneira autêntica e ativa com o público é essencial. Por outro lado, a "luxúria" representa o desejo insaciável por sucesso que leva à adoção de tendências sem autenticidade. Cada trend deve ser estrategicamente analisada antes da adoção.
A "soberba" é caracterizada pela crença de que não há o que aprender ou que se está acima dos outros. As palavras difíceis e de uso prolixo afastam o público, sendo vital uma comunicação clara e direta. A "preguiça" manifesta-se na resistência à inovação e à saída da zona de conforto, destacando a necessidade de constância e disciplina nas postagens para manter engajamento e visibilidade.
Finalmente, a "inveja" refere-se ao desejo de copiar o sucesso alheio sem autenticidade, resultando em comunicação insípida. Buscar a autenticidade própria deve ser o foco.
Para aqueles que buscam conquistar ou manter cargos nas próximas eleições de 2026, não basta apenas uma presença nas mídias sociais, mas sim uma comunicação genuína e estratégica que permaneça relevante. Autenticidade, disposição para ouvir o público e dedicação em uma comunicação eficaz são fundamentais para o sucesso.
Diante disso, a comunicação digital eficaz não ocorre por acaso. Requer esforço consistente e estratégia clara, evitando os erros citados. Políticos que hoje começam a desenvolver uma presença digital eficaz terão uma vantagem decisiva nas eleições futuras, lembrando sempre que "quem não é visto, não é votado". A ausência nas redes sociais pode, portanto, resultar em derrota nas urnas.
Cada dia representa uma nova oportunidade de refinar a estratégia de comunicação. Ao aprender com esses erros capitais e transformá-los em oportunidades, podemos nos conectar de maneira significativa com nosso público, fortalecendo a base para uma carreira política de sucesso.
Hellen Quida
Jornalista e professora atuante na área de Comunicação Eleitoral e Marketing Político desde 2000. Hellen trabalhou como Coordenadora de programas de Rádio e TV para horário eleitoral, Assessoria de Imprensa e Coordenação de Gestão de Mídias Sociais em campanhas eleitorais e gestão de mandato.
Também atuou como redatora, repórter, direção de locutores e estrategista. Foi professora na Pós-Graduação da Faculdade Estácio de Sá.
