Balança comercial tem recorde histórico de exportações, saldo e corrente de comércio


As exportações brasileiras somaram US$ 27,02 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado; o saldo da balança representa um salto de 185,6% em relação a janeiro de 2023


Em janeiro de 2024, as exportações brasileiras somaram US$ 27,02 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações tiveram queda de 0,1%, atingindo US$ 20,49 bilhões. Os números resultaram em um superávit comercial de US$ 6,53 bilhões no mês. O saldo da balança representa um salto de 185,6% em relação a janeiro de 2023. A corrente de comércio somou US$ 47,5 bilhões, com crescimento de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Foram contabilizados os maiores valores históricos para meses de janeiro para a exportação, saldo comercial e corrente de comércio.

Os resultados foram apresentados durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (7/2) pelo diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão.

Exportações

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento da indústria extrativa (53,3%, atingindo US$ 8,16 bilhões), com destaque para minérios de cobre e seus concentrados (100,9%), minério de ferro e seus concentrados (56,9%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (53,4%).

Na agropecuária (21% de aumento, totalizando US$ 4,29 bilhões), os destaques foram soja (191,1%), algodão bruto (106,5%) e café não torrado (aumento de 17,9%).

Na indústria da transformação (4,6% de aumento, alcançando US$ 14,45 bilhões) os maiores crescimentos foram em relação à exportação de açúcares e melaços (88,5%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (30,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (20,6%).

Importações

O maior crescimento das importações se deu na indústria de transformação (aumento de 2,4%, alcançando US$ 18,66 bilhões), enquanto a maior queda ocorreu na indústria extrativa (-27,6%, somando US$ 1,19 bilhão). No setor agropecuário, houve crescimento de 1,5% (US$ 0,51 bilhão).  A combinação destes resultados motivou a queda das importações.

O movimento de queda foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos:  Agropecuária  -  cevada não moída (-55,6%), cacau em bruto ou torrado (-47,1%) e milho não moído, exceto milho doce (-35,3%);   Indústria Extrativa - minérios de cobre e seus concentrados (-100%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-13,4%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus (-41,8%);  e Indústria de Transformação - compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-32,5%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (-16,3%) e adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-27,5%).

Ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (15,7%), frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (43,1%) e soja (1.691,7%) na Agropecuária; pedra, areia e cascalho (8,3%), outros minerais em bruto (21%) e gás natural, liquefeito ou não (47,2%) na Indústria Extrativa; outros medicamentos, incluindo veterinários (32,8%), veículos automóveis de passageiros (83,8%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (51,7%) na Indústria de Transformação.

Principais parceiros comerciais

Em relação aos nossos principais parceiros comerciais, destaca-se o crescimento das exportações para China, Hong Kong e Macau (53,1%) e para os Estados Unidos (26,8%). Cresceram também as vendas para África (27,5%) e o Oriente Médio (42,5%).

Em relação às importações, houve crescimento de 11,2% da China, Hong Kong e Macau, e de 1,8% dos Estados Unidos. Houve queda das aquisições de produtos argentinos (- 3,2%) e da União Europeia (-1,4%).

Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)

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