Esclerose Múltipla: evolução no diagnóstico e tratamento melhora a qualidade de vida de pacientes

   Dia Mundial da Esclerose Múltipla, 30 de maio, é uma data importante para conscientizar a população, desmistificar doença e levar mais pessoas a procurarem ajuda médica já nos primeiros sintomas 

Créditos: Shutterstock



A esclerose múltipla (EM) é uma doença que ainda afeta negativamente a autoimagem e carrega o estigma social da incapacitação da pessoa afetada pela condição. Mas a boa notícia é que a evolução do tratamento, especificamente no que tange ao avanço dos medicamentos atualmente utilizados, tem trazido grandes conquistas e reduzido essa percepção sobre a doença.  


De acordo com a Dra. Aline Leite Duarte, médica neurologista do Instituto de Neurologia de Goiânia (ING) – pertencente à Kora Saúde –, por ser uma doença de grande incidência em países desenvolvidos, com destaque para Europa e nos Estados Unidos, a indústria farmacêutica recebeu incentivos e investimentos para melhorar a eficácia dos medicamentos empregados para esse fim. Isso favoreceu o mundo todo que já usufrui dessas terapias moderadas e de alta eficácia, que além de controlar os surtos da doença (manifestação aguda dos sintomas), também evita a progressão do quadro clínico.

 

“Antes eu dava um diagnóstico de esclerose múltipla com muito pesar. Hoje eu já dou um diagnóstico de esclerose múltipla para um paciente muito mais tranquila, porque eu vejo realmente que o controle da doença já é muito melhor do que a gente tinha anos atrás. Isso é um ponto extremante importante, principalmente quando a gente pensa no público, que é extremamente jovem”, afirma a Dra. Aline Leite.

  

A esclerose múltipla geralmente atinge pessoas jovens, entre 20 e 40 anos de idade, com ocorrência duas a três vezes maior em mulheres do que em homens. Estima-se que 2,8 milhões de indivíduos no mundo todo tenham a doença. Somente no país, a doença atinge cerca de 40 mil pessoas, de acordo com informações do Ministério da Saúde. 

 

Segundo o estudo intitulado “A vida com esclerose múltipla é um desafio a superar”, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado em 2021, nos Estados Unidos, a EM é a primeira causa de incapacidade física e aposentadoria antes dos 50 anos de idade. Já na Suécia, país de equidade social e oportunidades, 50% das pessoas com EM estão desempregadas antes dos 40 anos de idades. 

 

No Brasil, a EM é a segunda causa de incapacidade neurológica permanente abaixo de 50 anos de idade, perdendo apenas para as causas violentas (acidente rodoviários, acidentes por arma branca e armas de fogo). 


Apesar desse panorama crítico, a neurologista do ING tem percebido uma melhora no prognóstico da doença em virtude desses medicamentos considerados ainda recentes, desenvolvidos há 5 ou 7 anos. “Esses medicamentos têm aumentado muito a expectativa de vida dos pacientes e alcançado um controle muito maior da doença, com redução da incapacidade”.  

 

O que é a doença? 

A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal. A maioria das pessoas com EM é diagnosticada entre as idades de 20 e 40 anos, com ocorrência duas a três vezes maior em mulheres do que em homens, de acordo com o Ministério da Saúde. 


A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca anormalmente o isolamento em torno de células nervosas no cérebro, medula espinhal e nervos ópticos, causando inflamação e danos consequentes. Como resultado disso, são ocasionadas fraqueza muscular, fadiga e falha na visão, entre os sintomas mais recorrentes. Apesar de não ter cura, a esclerose múltipla pode ser controlada por meio de tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória da doença e as crises ao longo do tempo. 

 

Alerta para os sintomas  

A EM é uma doença que compromete muitas funções do corpo, podendo assim ser confundida com outras doenças. Por isso, a neurologista do ING alerta para as condições que podem vir a ser um sintoma da EM. São eles alteração na força, na sensibilidade, alterações vesicais, na visão e no equilíbrio. Se algum desses sintomas persistirem por mais de 24 horas, então a consulta a um neurologista é altamente recomendada.


“Esse é o grande ponto, pois a grande maioria dos casos esclerose múltipla é tipificada como remitente e recorrente, ou seja, os sintomas aparecem e somem sozinhos. Então se paciente não procurar, ele pode ficar por anos sem ter um diagnóstico e quando ele busca um médico, a doença já está muito avançada. Esse diagnóstico precoce é extremamente importante”. 

 

 

Dia Mundial da Esclerose Múltipla 

No dia 30 de maio, se celebra o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. A importância da data tem sido crescente uma vez que a conscientização sobre o assunto tem desmistificado a doença e, com isso, levado mais e mais pessoas a procurarem ajuda médica já nas primeiras manifestações de ocorrência da EM.  

 

 

Sobre a Kora Saúde  

Um dos maiores grupos hospitalares do país, a Kora Saúde possui 17 hospitais espalhados pelo Brasil e está presente no Espírito Santo (Rede Meridional nas regiões de Cariacica, Vitória, Serra, Praia da Costa, em Vila Velha, e São Mateus); Ceará (Rede OTO, todos em Fortaleza); Tocantins (Medical Palmas e Santa Thereza na cidade de Palmas); Mato Grosso (Hospital São Mateus em Cuiabá); Goiás (Instituto de Neurologia de Goiânia e Hospital Encore); e Distrito Federal (Hospital Anchieta e Hospital São Francisco). O grupo possui mais de 2 mil leitos no país e 11 mil colaboradores. A Kora Saúde oferece um sistema de gestão inovador, parque tecnológico de ponta e alta qualidade hospitalar, com o compromisso de praticar medicina de excelência em todas as localidades onde está presente.   

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