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Vacinas: o
que é importante saber?
No mês da
imunização, especialista revela oito mitos e verdades sobre o assunto
Em tempos de pandemia e de
informações falsas sobre vacinação, falar sobre imunização torna-se ainda mais
necessário. No mês da imunização, vale esclarecer e alertar a população sobre a
importância de manter a carteira de vacinação atualizada contra as principais
doenças infectocontagiosas.
Para o médico José David
Urbaez Brito, infectologista da Dasa Centro-Oeste (Exame Medicina Diagnóstica,
Laboratório Bioclínico, Atalaia Medicina Diagnóstica e Cedic Cedilab Imagem
Laboratório), a vacinação é uma ação de saúde pública e pilar no cuidado geral
da população. “A partir da implementação dos programas de vacinação, houve um
aumento na expectativa de vida de toda a população mundial”, afirma. O
especialista revela oito mitos e verdades sobre o assunto. Confira!
1 – Vacinas não são
seguras? Mito!
Antes de serem autorizadas
para uso humano, as vacinas passam por uma série de etapas. Além disso, órgãos
de vigilância sanitária de cada país ainda precisam aprovar as imunizações. No
Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue uma série de
critérios para garantir a eficácia da vacina e a segurança da população.
2 -É comum que vacinas
causem efeitos colaterais perigosos? Mito!
Efeitos adversos são comuns
em todas as vacinas contra qualquer doença, já que estimulam o sistema imune e,
dessa forma, podem provocar febre, dores musculares, indisposição, etc. Porém,
em 99% das vezes, as reações são leves e não ameaçam o estado de saúde do
indivíduo. Efeitos adversos mais sérios representam menos de 1% dos casos.
3 – Vacina contra a gripe
causa gripe? Mito!
Segundo o especialista, a
vacina é composta por vírus inativado e não é capaz de causar a doença.
4 – A vacina contra a
covid-19 foi desenvolvida com muita rapidez e, por isso, não é segura? Mito!
Diante da emergência
mundial, houve um volume muito maior de investimentos, além de um número
expressivo de grupos de pesquisa dedicados exclusivamente ao assunto. As
tecnologias utilizadas também já haviam sido previamente testadas para outras
infecções. Tudo isso ajudou a acelerar o processo de desenvolvimento do
imunizante.
5 – Posso tomar as vacinas
contra a gripe e contra a covid-19 no mesmo dia? Verdade!
Não é preciso um intervalo
entre as doses das vacinas contra a covid-19 e contra a gripe. Você pode
aproveitar para se vacinar contra as duas doenças no mesmo momento. Porém,
crianças de até 11 anos precisam de um intervalo de 15 dias entre as doses dos
dois imunizantes, para descartar reação cruzada – reação não proposital entre
antígeno-anticorpo.
6 – Quem já tomou a vacina
da gripe no ano passado, não precisa se vacinar este ano? Mito!
O vírus influenza sofre
mutações e é necessária a cobertura vacinal dessas novas variantes. Dessa
forma, quem tomou a vacina contra a gripe no ano passado ou no início deste
ano, antes da campanha de vacinação atual, precisa se imunizar novamente. A
cada ano, a vacina contra a gripe é atualizada devido às novas variantes que
surgem e a atualização na carteira de vacinação também precisa ser feita.
7 – A baixa cobertura
vacinal contra o sarampo e demais doenças antes erradicas no país é
preocupante? Verdade!
Quando a imunização está abaixo
do recomendado – que é acima de 95% – aumentam as chances de manutenção da
circulação do vírus e, consequentemente, de doenças antes erradicadas voltarem
a circular entre a população. O sarampo é um exemplo de doença anteriormente
eliminada no Brasil e que foi reintroduzida e ainda persiste devido à baixa
cobertura vacinal. Dessa forma, vale
reforçar aqui a importância da imunização de todas as pessoas até 60 anos com a
vacina tríplice viral que, além do sarampo, protege também para a caxumba e
rubéola. No sistema privado, recomendamos duas doses até os 60 anos de idade.
8 – A vacina contra o HPV
previne o câncer de colo de útero? Verdade!
O câncer de colo uterino
tem sido associado a determinadas cepas do vírus do papiloma humano (HPV). Hoje
a vacinação contra esse vírus representa um grande avanço no que diz respeito à
proteção contra o câncer de colo de útero na mulher, bem como na diminuição das
infecções sexualmente transmissíveis, tanto em mulheres como em homens. A
vacinação contra o HPV tem como principal alvo meninas de 9 a 14 anos e meninos
de 11 a 14 anos, com duas doses para garantir a cobertura, em um intervalo de
seis meses entre elas. Esses grupos são alvo porque as meninas, nessa faixa
etária, normalmente, ainda não iniciaram as relações sexuais e, os meninos,
porque são a fonte de infecção delas.
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