Ademais, diversas doenças de pele preexistentes podem ser agravadas pelo clima frio, como a dermatite atópica, mais comum em crianças, até o prurido, que geralmente acomete idosos. De acordo com a dermatologista Ana Cristina Opolski, do Hospital IPO, porém, os que mais sofrem com a chegada do inverno são pessoas que, apesar de não possuírem nenhuma doença dermatológica de base, têm a pele mais seca e sensível.
Segundo a especialista, o tipo de pele dos indivíduos é constitucional, ou seja, próprio de cada um. É com o auxílio de um médico que o paciente descobre qual é o seu tipo de pele e que produtos são os mais recomendados para uso.
Para evitar o ressecamento da pele, contudo, há alguns cuidados que podem ser tomados por todos, como usar hidratantes após o banho, evitar sabonetes que removam excessivamente a camada de gordura que protege a pele, vestir luvas para realizar atividades domésticas com produtos de limpeza e tomar banho e lavar as mãos com água em temperatura morna – e não quente em excesso.
A médica, aliás, reforça a atenção com as mãos: “se nós precisamos hidratar o corpo após o banho, devemos hidratar as mãos diversas vezes ao dia, já que as lavamos com bastante frequência”. Ainda, é necessário dar atenção especial às pontas dos dedos e lábios, pois são regiões que frequentemente ressecam a ponto de sangrar, o que acaba atrapalhando o dia a dia das pessoas, especialmente na manipulação de objetos e na alimentação.
Caso os cuidados recomendados não sejam seguidos, é possível que haja o ressecamento agravado da pele e, uma vez que a normalidade do maior órgão do corpo humano é alterada, é difícil conseguir retornar ao padrão rapidamente. Se as recomendações citadas acima estiverem sendo seguidas e mesmo assim a pele permanecer seca e sensível, recomenda-se que um médico especialista seja consultado.