Por Oscar Fernando Daniel*
Os números comprovam: a 32ª Edição da Pesquisa Anual do Uso
de TI, realizada pela fundação Getúlio Vargas – FGV, com 2.636 médias e grandes
empresas brasileiras, mostra que projetos focados em Inteligência Analítica
(Analytics), incluindo BI, BA e CRM, e ERP, estão no topo das prioridades de TI
das empresas. E o uso do Business Intelligence vem se expandindo em divisões
corporativas que até recentemente não eram beneficiadas por ferramentas desse
tipo, como áreas de humanas (Recursos Humanos) e criação (Marketing).
Em um cenário de transformação digital, onde dados são
considerados o novo petróleo, o acesso a informações gerenciais, de forma
organizada e parametrizada, empodera diferentes áreas de negócios, que passam a
contar com relatórios dinâmicos, previsões e diversos outros indicadores, agilizando
a tomada de decisões e otimizando o desempenho de forma geral.
Engana-se quem pensa que o BI perdeu espaço para outras
tecnologias de análise de dados. Ao contrário, foi incrementado com recursos de
Inteligência Artificial (AI), Programação Neurolinguística (PNL) e Aprendizado de Máquina (ML), ampliando
significativamente a capacidade de processamento e tratamento de dados de diferentes
fontes internas (dados corporativos) ou externas (como pesquisas de mercado).
Cada vez mais conectadas, as empresas entenderam que o
Business Intelligence é uma ferramenta que potencializa a gestão com análises de
cenários diversos e predições, ajudando a determinar os próximos movimentos de
toda cadeia produtiva. Nesse sentido, a implementação de ferramentas de BI em
sistemas de ERP veio para atender as necessidades de uma gestão integrada, ágil
e transparente.
Num futuro próximo, quando graças à conectividade do 5G a
maioria das empresas tiver migrado seus dados para múltiplas nuvens, as aplicações
baseadas em web (SaaS) proverão respostas para suporte a decisões gerenciais e
operacionais ainda mais assertivas e imediatas.
A democratização do BI em diferentes setores apoia o
crescimento colaborativo das corporações, promovendo compartilhamento de
informações, integração entre departamento e inputs. Por exemplo, dados extraídos
do CRM podem ser convertidos em indicadores que apoiam as ações de marketing ou
o desenvolvimento de novos produtos e/ou serviços.
Outra forma de aplicação do BI pode ser conferida às áreas
de RH, tanto na gestão de talentos como em políticas de reconhecimento e
premiação, favorecendo as estratégias de EX (Employee Experience – Experiência do
Funcionário), com ganhos diretos em engajamento de equipes e impacto positivo
na produtividade.
Não é à toa que as empresas que contam com a inteligência
de negócios são mais preparadas para lidar com ambientes dinâmicos, onde as decisões
precisam ocorrer de forma rápida e propositiva, para a companhia não perder
espaço para a concorrência.