Casos de dengue continuam em queda e Saúde registra primeiro óbito pela doença



Redução nos casos, na comparação com 2020, foi de 81,6%; esse ano foi um óbito contra 18 no ano passado


Foto: Geovana Albuquerque.

A Secretaria de Saúde registrou o primeiro óbito por dengue este ano em um morador de Ceilândia. Apesar do registro, o número de mortes pela doença é menor que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 18 óbitos pela doença. Já os casos de dengue estão em queda na capital federal com uma redução de 81,6% quando comparado aos quatro primeiros meses do ano passado.

Para manter os índices de transmissão e surgimento de novos casos, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Nesta sexta-feira (30), por exemplo, os agentes de Vigilância Ambiental vistoriaram 1.683 imóveis em Ceilândia e outros 1.409 em Planaltina.

As duas regiões administrativas (RAs) concentram os maiores registros de casos de dengue. A primeira já registrou 440 casos prováveis em 2021 e a segunda 804. Comparando o ano passado, houve redução de 83,1% nos registros de novos casos de dengue em Ceilândia. No entanto, em Planaltina houve aumento de 2,4%, sendo a única RA do DF a apresentar aumento nos casos da doença.

Ações contra o Aedes aegypti

As visitas domiciliares ocorrem todos os dias em todas as regiões do DF. As ações são intensificadas nas cidades em que há maior índice de casos com o uso do UBV pesado (fumacê). Na ação em Ceilândia, os agentes encontraram 331 imóveis fechados e precisaram utilizar larvicidas em 623 depósitos de água.

As ações contaram com apoio do Corpo de Bombeiros e Serviço de Limpeza Urbana (SLU). foram recolhidas 15 carcaças de veículos em Ceilândia e recolhidas 160 toneladas de inservíveis em Planaltina.

Em alguns locais foi feito uso do fumacê, uma das estratégias utilizadas pela Secretaria de Saúde para eliminar o mosquito Aedes aegypti. O DF tem 12 carros da Diretoria de Vigilância Ambiental equipados com bombas de disseminação e que passam nas cidades entre 5h30 e 8h, e das 17h30 às 21h.

São nesses horários que as fêmeas do Aedes aegypti buscam o repasto do sangue (momento em que o mosquito tem contato com o sangue humano), devido à mudança de clima. Além disso, a Dival possui 22 bombas costais de UBV para pulverização de inseticidas.

Boletim epidemiológico

O boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (30), traz o registro de 4.032 casos prováveis de dengue. Em 2020 foram registrados, no mesmo período, 21.857. Dos casos graves, esse ano foram contabilizados dois casos, ante 35 em 2020.

O informativo mensal mostra os casos de outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. A Saúde registrou 28 casos prováveis de chikungunya, 15,2% a menos que em 2020. Dos casos de Zika vírus, o decréscimo foi de 72%, com registro de 7 casos este ano contra 25 no ano passado.

Não houve registro de febre amarela no Distrito Federal em 2021.

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