Bebês, grávidas e idosos devem se vacinar; saiba quais benefícios e onde encontrar os imunizantes
Foto: Karolina Grabowska.
Promover uma melhor resposta imunológica. Esta é a principal função da vacina da gripe quando aplicada nos bebês e nas gestantes. Na gravidez, a intenção é aumentar a resistência e, consequentemente, transferir essa fortificação ao bebê. Nos pequenos, a imunização é feita a partir dos seis meses de vida e poderá ser aplicada anualmente.
De acordo com o ginecologista da Maternidade Brasília Evandro Oliveira, a gestante precisa tomar apenas uma dose a qualquer momento da gravidez. O médico explica que, com o imunizante, a resposta natural a infecções virais aumenta, principalmente na gestação, quando os anticorpos da mãe se dividem com o neném, diminuindo a própria proteção natural. “Então, a vacina é, sem sombra de dúvida, uma forma de você melhorar a resposta imunológica da paciente. Maior que a [resposta imunológica] natural”, enfatiza.
Com relação aos bebês, a pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato aponta que, a partir dos seis meses de vida, o pequeno já pode tomar a primeira dose. “Na primeira vez, o bebê deve tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Os reforços devem ser feitos anualmente, no período de maior sazonalidade das doenças gripais”, informa. A médica ainda afirma que crianças com alguma comorbidade ou doença ativa devem ser autorizadas por um pediatra.
Para as grávidas, Evandro Oliveira afirma que as pessoas que convivem com elas não precisam obrigatoriamente se vacinar, embora com o núcleo mais protegido, naturalmente esta gestante também estará.
“A única contra indicação para a gestante usar a vacina é se ela estiver resfriada ou com suspeita de algum quadro infeccioso. Neste contexto, é melhor evitar tomar a vacina para não piorar o estado dela naquele momento. Então, se houver suspeita de virose ou resfriado, o ideal é não tomar a vacina e esperar ficar melhor”, alerta Evandro Oliveira.
Segundo a infectologista e especialista em vacinas do Exame Imagem e Laboratório/Dasa Maria Isabel de Moraes Pinto, “o vírus influenza causa uma doença respiratória que pode ter diferentes graus, desde casos simples até uma pneumonia que pode evoluir para a síndrome respiratória aguda grave e levar a óbito”. A médica alerta que os grupos com maior risco são as crianças de até cinco anos de idade, pessoas a partir dos 55 anos, gestantes e quem possui outras comorbidades, como diabetes e hipertensão.
A vacina da gripe é segura?
“O imunizante tem boa eficácia e é muito seguro. Embora seja essencial para os grupos de risco, pode ser aplicado em todas as pessoas a partir de seis meses de idade no serviço privado. Isso é algo muito importante, ainda mais quando temos uma pandemia de outro vírus respiratório”, diz Maria Isabel.
De acordo com a médica, é preciso lembrar que a gripe também pode levar a casos graves, embora em menor número que a covid-19. A infectologista ainda chama a atenção para a atual situação de crise sanitária. “Estamos vivendo um estrangulamento do sistema de saúde. Precisar internar um paciente em UTI e não ter leito disponível é uma possibilidade que já estamos vivendo”, continua.
Assim, Maria Isabel destaca que, em uma situação de pandemia com um vírus respiratório, é bom que as pessoas não corram o risco de outras infecções. “Por isso é essencial que toda a população tome a vacina para se proteger e proteger a sua família, em especial as crianças. Embora o número de casos graves da covid-19 seja baixo entre elas, a gripe pode ser muito perigosa para a faixa etária abaixo dos cinco anos de idade”, finaliza.
Vacinas.com
Pelo portal https://vacinas.com.br/ você encontra as vacinas da gripe, laboratório para vacinação e mais informações sobre o tema. Vale ressaltar que o Governo Federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), promove anualmente campanhas de vacinação e as doses contra a gripe são aplicadas em grupos de risco.
