É importante desmistificar ideias erradas, que prendem as mulheres a uma sexualidade que não representa verdadeiramente os seus desejos
No que diz respeito ao universo da sexualidade, que é tão complexo, informação nunca é demais. Conscientes de que existem muitas dúvidas e ainda mais ideias falsas sobre o orgasmo feminino, decidimos esclarecer sete delas, com base em conhecimentos importantes partilhados pela sexóloga Carla Cecarello.
Da masturbação, passando pela anatomia feminina, a momentos de prazer a dois, colocamos as cartas na mesa e os ‘pontos nos is’, para que a preocupação com chegar ao destino não a impeça de desfrutar da viagem.
“Só existe o orgasmo clitoriano”
Apesar de os orgasmos serem associados ao estímulo genital, eles podem ser provocados por muitos outros estímulos. Até os puramente mentais, sem que ninguém toque no seu corpo.
“Sempre que fizer sexo, terá orgasmos”
A nossa cultura orientada para os objetivos convenceu-nos de que nenhuma relação sexual está completa sem o orgasmo. E mais: ele tem de acontecer sempre que um casal – ou mais pessoas – fazem sexo. Isto simplesmente não é realista. Apenas um terço das mulheres atinge o clímax e não podemos descartar outros fatores como, por exemplo, o cansaço, distrações ou até mesmo a ‘falta de inspiração’, que, por vezes, impedem que estejamos completamente presentes no momento.
“O sexo vaginal é a melhor maneira de as mulheres atingirem o orgasmo”
Só que não. A verdade é que a maioria das mulheres não chega ao orgasmo apenas através da penetração vaginal. Por outras palavras, se a expectativa é ter muitos orgasmos na companhia de outra pessoa, temos de mostrar-lhe o que nos excita. E, na maioria dos casos, não será aquilo que vemos nos filmes pornográficos. O corpo humano está cheio de áreas por explorar.
“Os orgasmos são sempre explosivos”
Não há dúvida de que os orgasmos podem ser incrivelmente intensos, mas, por outro lado, podem ser surpreendentemente sutis. Há orgasmos e orgasmos. Inclusive, eles podem não ser o melhor momento de uma relação sexual, e não há problema nenhum nisso.
“Se não consegue ter orgasmos, algo está errado”
Mais uma vez, temos de parar de sobrevalorizar o orgasmo. Há sexo sem ele e algumas pessoas não se importam assim tanto com essa questão. Isto não significa que não deva esforçar-se para conhecer o seu corpo e descobrir aquilo que a faz atingir o clímax – esta parte é super importante e bem-vinda. Contudo, se estiver feliz com a sua sexualidade, ter ou não ter orgasmos poderá ser apenas um detalhe. Geralmente, a sexualidade saudável não combina com imposições.
“Basta ter uma vagina para atingir orgasmos múltiplos”
Algumas pessoas podem ter vários orgasmos numa noite e outras, apenas um. Algumas (poucas) pessoas já tiveram orgasmos múltiplos – ou melhor, sequenciais – e outras podem nunca ter essa experiência. Isso é normal e faz parte do universo da sexualidade e das particularidades de cada um. Não ter orgasmos múltiplos não é uma sentença de infelicidade. Se a ideia de tê-los a oprime, tente abandoná-la.
“Usar preservativo diminui as possibilidade de ter um orgasmo”
O bom sexo depende de respeito, entrega, libido, vontade, ocasião, parceiro, consentimento, autoconhecimento, entre outras coisas muito pessoais, que vamos aprendendo a desenvolver com a experiência e o passar do tempo. Ao usar preservativo, até é muito provável que se sinta mais segura e relaxada do que o contrário, portanto, o sexo seguro é o primeiro passo para um orgasmo inesquecível.
Fonte: Activa.
Tags
# Blog do Paulo Melo
#blogdopaulomello
61 98497-2015 Blog do PAULO MELO
ABBP
Associado ABBP
Blog do PAULO MELO
Brasil
Brasília