Goiás registra melhor agosto dos últimos 4 anos na criação de empresas, informa Juceg

Ao todo, foram constituídos 2.558 novos negócios no oitavo mês de 2020. Resultado dos primeiros oitos meses deste ano também supera o verificado desde 2016, em igual comparativo, destaca Junta Comercial do Estado de Goiás

O Estado de Goiás alcançou novo recorde de abertura de empresas em agosto. Foram 2.558 novos registros na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), o maior quantitativo mensal de empreendimentos abertos neste ano. O resultado para esse mês é o mais alto também dos últimos quatro anos.

Desde 2016, o último recorde em agosto havia sido registrado em 2019, com a abertura de 2.121 empresas. Os resultados de junho e julho de 2020, também superaram os dos últimos quatro anos. No sexto mês do ano foram abertas 2.116 empresas, contra 1.637, em 2019, 1.680, em 2018, 1.706, em 2017 e 1.816, em 2016.

Em julho, foram abertas 2.532 empresas, o maior resultado para o mês desde 2016. No período avaliado, o último recorde para o mês foi verificado ano passado, com 2.134 novos negócios.

Para o governador Ronaldo Caiado, o resultado reforça a expectativa de que Goiás será o primeiro Estado a superar a crise econômica resultante dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. “Vamos ampliar, ainda mais, o respaldo aos nossos empreendedores. Propiciamos as condições para que mais empresas venham se instalar em nosso Estado, com geração de empregos, renda e oportunidades, de modo a contribuir para esse importante momento de retomada”, destacou. 

O presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, avalia que o empreendedor goiano está conseguindo se destacar, mesmo diante da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. “Batemos recordes seguidos. O empreendedor goiano se sobressai em vários campos do comércio e da indústria”, afirmou.

De acordo com Euclides, do total de empresas abertas em agosto, 101 delas foram constituídas com capital social acima de R$ 500 mil, isto é, empreendimentos de médio porte. 

Além disso, mais de mil empresas foram criadas com a participação de mulheres no quadro societário. “A mulher se sobressai, levanta as mangas e vai à procura de algum novo negócio. A dificuldade está colocada, mas os empreendedores buscam desenvolver seu trabalho”, ressaltou Euclides Barbo. 

De janeiro a agosto de 2020, Goiás registrou o maior número de abertura de empresas nesse período, desde 2016.

Foram 16,6 mil empresas registradas na Juceg nesses primeiros oito meses do ano, ante 15,9 mil em 2019, o que representa uma alta em torno de 5% neste ano. 

Na comparação com a média de empresas abertas de janeiro a agosto dos últimos quatro anos, que é de 14,6 mil, o resultado de 2020 é quase 14% maior.

Ainda conforme balanço da Juceg, o volume de empresas extintas teve queda, tanto em agosto quanto no conjunto de todo o ano. No mês passado, foi registrado o fechamento de 1.032 empresas, ante 1.270 em igual período de 2019.

De janeiro a agosto de 2020, foram extintos 8,5 mil empreendimentos, sendo que em 2019 e 2018 o número de encerramentos registrados nesse período totalizou em 8,7 mil. 

Adaptação dos empreendedores, incentivos do Governo de Goiás e da União contribuem para resultados positivos

O presidente da Juceg atribui parte dos resultados positivos à capacidade de adaptação dos empreendedores, além dos incentivos do Governo de Goiás e da União. Entre os diversos suportes concedidos aos empreendedores pelo Estado de Goiás está a parceria da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), que fornece créditos a juros menores aos empreendedores.

“Também vemos com certa felicidade o fato de que o número de empresas extintas diminui. Estão abrindo muito mais e fechando menos de 50%. Ou seja, as pessoas já se estruturaram e agora estão querendo arrumar um caminho”, argumentou Euclides Barbo.

O chef Marco Antônio Arantes Junior, de 48 anos, por exemplo, antes da pandemia trabalhava com eventos gastronômicos. Com a propagação do coronavírus, o trabalho nessa área foi paralisado. Foi quando nasceu o projeto de abrir um restaurante. O empreendimento, no Setor Sul, em Goiânia, foi inaugurado no dia 19 de agosto. 

“Abrir uma empresa durante esse período foi apostar no incerto, mas o resultado está sendo surpreendente”, diz o empresário. Marco Antônio ressalta que atuam dentro das normas de prevenção ao coronavírus, o que faz com que os clientes se sintam seguros. “Abrimos o restaurante no auge da pandemia no Estado, por isso, a adaptação está sendo diária, estamos nos reinventando e modificando nossos projetos iniciais de acordo com as demandas e aceitação dos clientes. Temos uma excelente perspectiva”.

Para o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Adonídio Neto, Goiás será o primeiro Estado a sair da crise econômica provocada pela Covid-19. De acordo com ele, o conjunto de ações do Governo Estadual na área da economia é o responsável direto pelo crescimento sólido da indústria, recuperação dos empregos, fortalecimento das micro e pequenas empresas e intensificação do comércio exterior goiano.

“Analistas indicam que, entre outros Estados, Goiás sairá da crise em 2021. Acredito que isso vai ocorrer ainda este ano. Basta ver nossos números da indústria, dos empregos e agora esse recorde de abertura de empresas em plena pandemia”, conclui Adonídio.

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