O Ministério da Saúde enviou a terceira equipe da Força Nacional do SUS (FN-SUS) composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para atuarem no combate ao COVID-19 no Estado do Amazonas. Mas o que poderia ser uma solução humanitária está se transformando num pesadelo para esses profissionais
Foto: Viviane Rezende.
Os profissionais de saúde, todos voluntários, chegaram a Manaus no último dia 5 oriundos de diversos estados brasileiros: Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e o Distrito Federal.
Um vídeo disponibilizado na internet, prints de conversas do grupo e um desabafo de um profissional denunciam a humilhação que eles estão passando por estarem, voluntariamente, colaborando com a recuperação do país nessa pandemia.
“Nós enfermeiros, médicos, biomédicos, fisioterapeutas…estamos sendo bastante humilhados em Manaus. O poder das cooperativas de saúde que queriam abocanhar o dinheiro do governo federal para fazer a contratação direta de profissionais e encherem seus bolsos nos expulsaram dos hospitais alegando que não precisam de nosso trabalho. obs: uma dessas cooperativas têm o sec de saúde como sócio, segundo jornalistas locais.
Muitos estão a 30 dias tentando um lugar para trabalhar indo e voltando sem sucesso. Somos chamados pejorativamente aqui de: “os profissionais do Bolsonaro”.
Comunicamos o Ministério da Saúde e a Saúde local do estado e não tivemos retorno nem acolhimento por parte dos mesmos sobre este descaso conosco, nos enviaram o whatsapp do secretário de saúde que está por trás dessas cooperativas, ou seja, não de nada resolvido.
Ontem, nos tiraram de mais um hospital, o 28 de agosto. O que nos parece é que depois da fala de Bolsonaro contra o prefeito de Manaus a coisa piorou para nós”, (texto original e grifo nosso).
Segundo um dos vídeos, os profissionais estão confinados em um hotel de Manaus sem poder exercer o trabalho o qual se propuseram porque cooperativas ligadas ao governo estão impedindo que isso aconteça.
Levantam cedo, se preparam para o trabalho, chegam até a sair do hotel em direção ao Hospital Delphina Aziz (a unidade é referência no atendimento e tratamento de pacientes com COVID-19), mas ao chegarem lá são impedidos de trabalhar e, praticamente, expulsos do local.
Tentamos contato com a assessoria de imprensa da Agência Saúde, mas até o fechamento dessa matéria não conseguimos. O site está à disposição para os esclarecimentos necessário.
Prints das conversas:
Fonte: Blog do Poliglota.
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