Hábitos dos moradores, além da limpeza correta dos espaços podem ser fatores que contribuem com a proliferação dos mosquitos
Viver em condomínios tem lá suas vantagens. Mas a grande quantidade de moradores que possuem hábitos distintos – e, que, muitas vezes, não possuem uma rotina de combate ao Aedes aegypti, por exemplo, além das áreas externas presentes no condomínio e que podem acumular água parada, é motivo de atenção redobrada.
O combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela, precisa ser realizado com frequência e deve ser estendido, principalmente, nas áreas comuns, como jardins, piscinas, caixa d’água, fosso de elevadores, churrasqueiras e espaços de lazer como quadras, parquinhos, entre outros. Por isso, confira quais os cuidados necessários para combater o Aedes aegypti no condomínio:
• Tela de nylon para a proteção de ralos externos e canaletas de drenagem para a água da chuva;
• Tampa de abre e fecha ou tela de nylon (trama de milímetro) nos ralos internos de esgoto do condomínio;
• Mantenha o escoamento da água de lajes e marquises desobstruídas e sem depressões que permitam o acúmulo de água naquele local.
• Elimine o acúmulo ou pontos de água das calhas;
• Verifique semanalmente se existe acúmulo de água no espaço, caso haja, entre em contato com o síndico para que o mesmo providencie o escoamento por bombeamento;
• Os vasos sanitários sem uso diário devem estar sempre tampados. Caso não possuam tampa, o indicado é vedar o acessório com saco plástico aderido com fita adesiva. A descarga deve ser acionada semanalmente;
• As caixas de descarga devem ser tampadas com filme plástico ou saco plástico com auxílio da fita adesiva;
• Substitua a água dos pratos e pingadeiras de vasos de plantas por areia grossa e até a borda;
• Já no caso das caixas d’água, o ideal é mantê-las vedadas e sem frestas. A limpeza precisa ser realizada periodicamente;
• No caso das piscinas, a indicação é realizar o tratamento adequado com o cloro. Para as piscinas com pouco uso, reduzir o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água;
• Para os recipientes descartáveis, colocar sacos de lixo novos toda vez que o mesmo encher, além de disponibilizar a coleta rotineira.
Formas de conscientização
Para fortalecer o combate ao mosquito no condomínio, o síndico também pode conscientizar os moradores e funcionários sobre a importância de adotar medidas de prevenção contra o inseto dentro e fora do residencial. São elas:
• Distribuição de folders impressos para os moradores com orientações sobre os métodos de prevenção contra o inseto;
• Colar cartazes nos murais de cada bloco, caso seja apartamento. Ou no mural principal, se for o caso;
• Informar em reunião de condomínio as medidas de prevenção e quais as formas de combate que os moradores devem tomar contra o inseto. Além de promover ações que fortaleçam essa prevenção: como o uso do repelente diariamente.
Atualmente, o Brasil vive grave epidemia causada pelo mosquito da dengue. Devido à grande concentração de pessoas e à quantidade de áreas externas que podem acumular água, os condomínios residenciais podem conter focos de proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika vírus, além da febre amarela.
Piscinas, calhas, lajes, marquises, ralos, caixas d’água e fossos de elevadores também devem ser inspecionados regularmente.
Nos prédios residenciais os cuidados para evitar focos do Aedes aegypti precisam ser redobrados porque há uma concentração de pessoas por metro quadrado maior do que nas residências, o que pode tornar o condomínio mais vulnerável.
Cuidados necessários para evitar o Aedes aegypti
Ralos externos e canaletas de drenagens para água das chuvas: usar tela de nylon para proteção;
Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro);
Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água, eliminando eventuais poças após cada chuva;
Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água;
Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento;
Vasos sanitários sem uso diário: manter sempre tampados, acionando a descarga e semanalmente; caso não possuam tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva;
Caixas de descarga sem tampa e sem uso diário: tampar com filme plástico ou saco plástico aderido com fita adesiva;
Pratos e pingadeiras de vasos de plantas: substituir a água por areia grossa no prato ou pingadeira, até a borda;
Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente;
Piscinas em período de uso: efetuar o tratamento adequado com cloro;
Piscinas sem uso frequente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água;
Recipientes descartáveis: acondicionar em sacos de lixo e disponibilizá-los para coleta rotineira da limpeza pública.
Prevenção/Proteção
Utilize telas em janelas e portas e se possível, opte por roupas compridas – calças e blusas;
Aplique repelente para manter o mosquito longe, evitando picadas, mas é importante lembrar que o produto deve ser reaplicado a cada 6 horas, para que seu efeito permaneça;
A única maneira de acabar com os focos de transmissão é eliminar qualquer material que acumule água parada e ofereça condições para o mosquito se desenvolver.
Ações diárias têm sido implementadas pelas equipes de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde em diferentes pontos do Distrito Federal, para eliminar os focos do Aedes aegypti. O combate tem sido permanente, e em larga escala, para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Foto: Geovana Albuquerque.
Nesta quinta-feira (13), por exemplo, o Núcleo de Vigilância Ambiental de Sobradinho visitou o terreno de uma das delegacias da região administrativa. Devido ao período de chuvas, o objetivo foi analisar a possibilidade de focos em carros estacionados no local.
“O combate é permanente e a delegacia é um ponto estratégico monitorado com frequência pela equipe. O trabalho realizado com periodicidade leva em consideração os dados epidemiológicos”, explicou o responsável pelo Núcleo de Vigilância Ambiental de Sobradinho, Roberto Cândido.
Nos condomínios, cabe ao síndico orientar funcionários e moradores. É fundamental que cada morador verifique os possíveis focos e adote as medidas necessárias para evitar a proliferação em seu apartamento, principalmente em varandas, onde há muitos vasos de plantas. O ideal é colocar pratos justapostos, encher com areia ou furá-los.
Nas áreas comuns devem-se manter piscinas com cloro na quantidade adequada; colocar cloro ou sal de cozinha nos ralos, principalmente da garagem, locais escuros e aprazíveis ao mosquito; evitar acúmulo de água em tambores e sobre guaritas com laje sem caída. Além disso, pneus – que devem ser furados –, gangorras e objetos para reciclagem precisam ser cobertos e corretamente acondicionados dentro de bags.
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Da redação Blog do Paulo Melo