Derivado do pole dance, esporte trabalha músculos, autoestima e proporciona força e flexibilidade a quem o pratica
De acordo com pesquisa divulgada em 2019 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, a prática de atividades físicas no tempo de lazer aumentou 24,1% nos últimos oito anos entre os brasileiros. Os que ainda não praticam uma atividade muitas vezes não se sentem motivados pelas modalidades mais comuns, como corrida ou musculação. Para eles, existem diversas outras opções, como o pole fitness.
Derivado do pole dance, dança que utiliza uma barra de metal para a performance, o esporte é mais focado nas acrobacias. “Não tem muita dança. Existe uma coreografia, mas é quase sempre aérea”, explica Carol Cutrim, 42, que é professora de pole fitness na academia Cirqus Acroesportes.
A educadora física conheceu a modalidade por meio de uma feira fitness e, por gostar de desafios, começou a praticar. De acordo com Carol, os benefícios do pole fitness são inúmeros. “O primeiro e principal é a autoestima. Mas ganhamos também força e flexibilidade. Além de um corpo mais definido e não tão volumoso quanto fica na academia”, relata.
Aos que possam se intimidar, Carol garante que não é necessário ser forte para começar no esporte. “A força do pole você só consegue praticando-o, é preciso técnica. Eu já era bem forte da musculação, e no meu primeiro contato eu achei bastante difícil”, lembra. Ela, que também é personal e trabalha em academia, costuma comparar o corpo a uma máquina. “Não importa tamanho ou idade, a máquina funciona. Nós precisamos aprender a usá-la, senão ela pifa”, diz.
O pole fitness melhora a autoestima, a flexibilidade, dá força e modela o corpo
Pole para todos
Ao contrário do que muitos pensam, o pole fitness pode ser praticado por todos. “Tenho turmas do pole kids até alunos idosos. Só não é muito indicado para quem tem labirintite e não está medicado ou então tem muito medo de altura, pois usamos barras de até seis metros”, conta. As gestantes também não ficam de fora, e a própria professora é prova disso. “Pratiquei pole durante a minha gestação inteira e, por trabalhar muito core, isso me ajudou a não ter diástase abdominal”, exemplifica.
O gênero também não é empecilho, o que faz do pole fitness um esporte para mulheres e homens. Leonardo Scorsatto, 31, pratica a modalidade há quatro meses e tem se surpreendido. “Gostei logo de cara e, desde que comecei, percebi uma grande definição muscular, aumento de força e mais consciência corporal”, conta o aluno.
Competição
O pole fitness não se limita a uma prática de lazer, chegando em nível competitivo. Desde 2015, acontece anualmente o Campeonato Brasileiro de Pole Sports, o único no Brasil que qualifica atletas para o World Pole Sports Championship, organizado pela Federação Internacional de Pole Sports. Além deste, acontecem diversos campeonatos por todo o país.
Carol já competiu algumas vezes e, no momento, está captando possíveis atletas para competição. “Nós abrimos a academia no início do ano, então, por enquanto, estamos em treinamento, vendo alguns atletas que podemos usar em competições. Acreditamos que ano quem vem nós já consigamos começar a competir”, prevê.
Para quem ainda não pratica nenhum exercício físico, a educadora é categórica ao dizer que as pessoas têm que procurar fazer algo que gostem. O que importa é estar em movimento e colocar a máquina para funcionar. “Temos que mover nossas engrenagens todos os dias. Pratique algo que te faça liberar endorfina, não importa se é pole, dança, musculação ou luta. Tem que te deixar motivado”, finaliza.
O esporte pode ser praticado por todos, desde crianças e idosos até gestantes
Por Thamara Maria
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