Mais de 200 taxistas estiveram na Câmara Legislativa do DF, na noite desta quinta-feira (1º), para uma Sessão Solene em homenagem ao Dia do Taxista. A solenidade, realizada no plenário da Casa, foi organizada pelos deputados Chico Vigilante (PT) e Valdelino Barcelos (PP)
Categoria quer concorrência justa com aplicativos
Presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, Barcelos destacou sua origem na categoria e se colocou à disposição para auxiliar com seus conhecimentos sobre as necessidades dos profissionais. "Eu fui taxista quando cheguei em Brasília e só saí da profissão quando comprei meu primeiro caminhão. Nesta época, conquistei a criação do Sindicato dos Caminhoneiros, semelhantemente ao Sindicato dos Taxistas que já existia", relembrou. "Depois de tanto tempo, vejo como podemos ajudar os trabalhadores do DF e hoje estamos aqui para reconhecer o esforço de todos", acrescentou.
O deputado Chico Vigilante defendeu o limite para a quantidade de veículos utilizados como transporte por aplicativo. "A concorrência precisa ser justa entre as categorias, mas não é isso que estamos vendo aqui no DF. Só existem 3,4 mil taxistas com permissão para trabalhar, mas um número ilimitado de carros pelos aplicativos. Isso precisa mudar", comentou. Sobre a limitação, o ex-deputado Roney Nemer concordou: "temos que tratar os iguais de forma igual".
Justa Concorrência - Os taxistas presentes à solenidade cobraram respeito. Em seu pronunciamento, o presidente do Sindicato dos Permissionários e Motoristas Auxiliares de Táxis do DF, Sued Silvio, afirmou: "a categoria está sofrendo; está cada dia mais difícil levar o pão de cada dia para as famílias", consentindo com a necessidade de se estimular a justa concorrência no Distrito Federal. O presidente do SINPETAXI também pediu uma revisão e atualização da lei dos taxistas.
Na oportunidade, Sued agradeceu a iniciativa do deputado Valdelino Barcelos em aprovar um Projeto de Lei que amplia a idade máxima dos táxis de 5 para 8 anos. "Tantos profissionais estão desempregados porque não podem circular com seus veículos, sendo que estão em bom estado de uso. Os táxis são amplamente fiscalizados, pois são veículos para transporte de pessoas e nós podemos comprovar que 8 anos são mais do que justos, assim como já foram garantidos para os aplicativos", explicou.
A ideia de se criar uma subcomissão, dentro da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, para tratar do dia a dia do taxista foi sugerida e agradou aos profissionais que estiveram no evento. No Distrito Federal, segundo a Secretaria de Mobilidade, existem aproximadamente 10 mil taxistas oficialmente cadastrados. Ricardo Grossi, subsecretário e representante da pasta de mobilidade do governo no evento, reafirmou que a secretaria está pautada na melhoria da dignidade de trabalhar e viver do taxista.