A troca de acusações e duros adjetivos entre o atual governador Ronaldo Caiado(DEM) e o gestor anterior Marconi Perillo (PSDB) compõem o atual cenário político de Goiás. E, com doses ácidas. Vez por outra, Perillo aparece para defender o seu legado
Após três dias do discurso de Caiado na Romaria do Muquém,Perillo respondeu aos adjetivos proferidos contra ele pelo atual governador. O conflito não é novo e tende a se repetir ao longo do atual mandato e reflete os pólos da disputa eleitoral em Goiás.
“Minha gente, quero dizer que não é fácil mudar uma corrupção que estava incrustada há 20 anos [no Estado]. Precisamos do apoio da população”, disparou o governador durante o evento religioso na quinta, 15.
Na resposta, Perillo lembrou que levou várias obras para a cidade, e para atender aos romeiros, e não economizou na forte dose de crítica a Caiado. “Muquém viu o triste espetáculo de mentiras de um governador que, parlamentar por 30 anos, nunca fez nada por nosso Estado. Um ser que usou seus mandatos apenas em causa própria e na defesa de interesses econômicos particulares. Feliz ou infelizmente, sua competência agora é colocada à prova. Após oito meses de mandato, está cada vez mais claro que estamos diante de um impostor”, disse ele, em nota.
Na resposta, no domingo, 18, em Cidade Ocidental, Caiado não ficou atrás e adicionou novos adjetivos contra o opositor. “O ex-governador Marconi Perillo foi um chefe de quadrilha, ele não foi governador (...) ele assaltou Goiás”, disse, em entrevista, sem que ninguém perguntasse sobre as críticas que recebeu.
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) fez críticas, por meio de nota, a atual gestão de Goiás, que, conforme ele, faz “do ódio a pauta do dia”. Segundo o tucano, que diz não se dirigir “a esse canalha”, em referência ao governador Ronaldo Caiado (DEM) – que em missa solene da Romaria de Muquém disse que Goiás chegou a ser “disneylândia de corruptos” –, o Estado “vive um momento sinistro de retrocesso político, econômico, humano e administrativo”.
Marconi afirmou, que, na última quinta-feira, 15, onde Caiado fez um discurso de cerca de 20 minutos, “a belíssima e emocionante missa de encerramento da Romaria do Muquém foi profanada pela calúnia e pelo cinismo, expressos em linguagem chula, muito embora digna de quem a proferiu”.
Conforme o ex-governador, o atual governo subestima a inteligência do povo, destrói a aa auto-estima e despreza as conquistas construídas com muito suor e trabalho. “Até a fé do nosso povo em Deus é ultrajada. As celebrações religiosas, genuínas manifestações da tradição religiosa dos goianos, servem de palco para a encenação de mentiras e a propagação de trevas”.
Ainda conforme o ex-governador, Muquém viu “triste espetáculo de mentiras de um governador que, parlamentar por 30 anos, nunca fez nada por nosso Estado”. Além disso, ele afirmou que a competência do gestor foi colocada à a prova e que, depois de oito meses de mandato, “está cada vez mais claro que estamos diante de um impostor. Nos resta, portanto, orar para que essa fase sinistra de nossa história seja curta”.
Confira a nota na íntegra
“Goiás vive um momento sinistro de retrocesso político, econômico, humano e administrativo.
O atual governo fez do ódio a pauta da ordem do dia. Subestima a inteligência do nosso povo. Destrói a nossa auto-estima. Despreza as conquistas construídas com muito suor e trabalho.
Até a fé do nosso povo em Deus é ultrajada. As celebrações religiosas, genuínas manifestações da tradição religiosa dos goianos, servem de palco para a encenação de mentiras e a propagação de trevas.
Nesta quinta-feira, a belíssima e emocionante missa de encerramento da Romaria do Muquém foi profanada pela calúnia e pelo cinismo, expressos em linguagem chula, muito embora digna de quem a proferiu.
Não me dirijo a esse canalha. Eu me reporto ao povo de Goiás, aos romeiros e aos missionários do Muquém, com quem estabeleci uma relação respeitosa e de confiança.
O povo de Goiás sabe que a minha fé e a minha admiração pela beleza das tradições religiosas de nosso Estado são anteriores à minha vida pública. Quando deputado, governador e senador, não fui às celebrações católicas, evangélicas, espíritas ou de quaisquer outras denominações para falar mentiras ou ludibriar eleitores. Fui para encontrar amigos, doar o meu trabalho e entregar obras.
Os goianos também sabem que sempre governei com alegria. Em 1999, primeiro ano de meu primeiro governo, apesar de ter recebido a administração estadual com duas folhas de pagamento e o 13.º salário atrasados, fui a Niquelândia e me comprometi a construir a pavimentação asfáltica da rodovia que liga o município a Muquém.
A partir desse dia, trabalhamos com determinação e, em duas frentes de obras, em 15 de agosto de 1999, há exatamente 20 anos, inaugurei a rodovia que liga a sede do município ao Muquém.
Nunca fui à romaria de mãos vazias: construímos o Santuário novo em parceria com a Diocese de Uruaçu, fizemos redes de água, energia, o asfalto urbano, mantivemos a pavimentação rodoviária em dia, construímos o estacionamento e o anel viário, implantamos o novo reservatório de água por meio da Saneago e promovemos shows para impulsionar a festa. Idealizamos e instalamos a barraca dos romeiros, realizada todos os anos pela OVG, sob a liderança de minha esposa, romeira do Muquém desde o primeiro ano de vida. Não fizemos mais do que a nossa obrigação, o que não nos impede de sentir orgulho dessas conquistas coletivas, que pertencem não a quem as fez, mas ao povo de Goiás, que as pagou com o seu trabalho.
Neste ano, porém, Muquém viu o triste espetáculo de mentiras de um governador que, parlamentar por 30 anos, nunca fez nada por nosso Estado. Um ser que usou seus mandatos apenas em causa própria e na defesa de interesses econômicos particulares. Feliz ou infelizmente, sua competência agora é colocada à prova. Após oito meses de mandato, está cada vez mais claro que estamos diante de um impostor.
Nos resta, portanto, orar para que essa fase sinistra de nossa história seja curta”.
Marconi Perillo
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