Por falta de indicação do partido ao TSE, a partir de segunda-feira (5/2), Izalci Lucas não consta mais como chefe da Executiva local
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Por falta de indicação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSDB-DF está sem presidente. Desde 2015, o deputado federal Izalci Lucas estava à frente da presidência do PSDB-DF, mas a decisão provisória que o mantinha na direção acabou no domingo (4/2).
A partir desta segunda-feira (5), portanto, o diretório regional da sigla está sem um chefe, segundo o site do TSE. Além de Izalci Lucas, outras 19 pessoas integravam provisoriamente o órgão. Todas, porém, são indicadas como “inativas” pela plataforma.
”Ao Metrópoles, o deputado federal disse que acredita ter ocorrido um atraso na atualização do site. Segundo ele, a renovação da Executiva foi realizada na sexta-feira (2). “Foi feita naquele dia, exatamente, porque venceria no domingo. Hoje teria que fazer pagamento e tinha que estar atualizado”, completou.
REPRODUÇÃO/SITE DO TSE
O prazo para a renovação da diretoria regional provisória encerrou no domingo (4/2), mas não ocorreu, segundo o TSE
Críticas
Izalci Lucas aproveitou para atacar o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), ao afirmar que os rumores da saída dele da Executiva regional foram arquitetados pelo socialista. “O Rodrigo tem que cuidar do partido dele. Daqui a pouco, ele perde o PSB, que é o único que está ao lado dele”, disparou.
O PSDB-DF está rachado ao meio: de um lado, se concentram o deputado federal e aliados; do outro, estão simpatizantes de Rollemberg, como a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia e o ex-presidente da sigla Márcio Machado. Enquanto Izalci tece aliança com partidos da direita, como o PTB, o DEM, o MDB e o PR, o grupo oposicionista quer estar ao lado do governador, já declarado pré-candidato à reeleição ao Palácio do Buriti.
O parlamentar também é alvo de ataques de correligionários. Abadia, por exemplo, critica a falta de votações para escolha da diretoria. “Quando ele [Izalci] teve a oportunidade de fazer, não quis. O senador Tasso [Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB] mandou a planilha para realização das convenções municipais e regionais. Todo o Brasil teve eleição, menos Brasília. A gente está aguardando o Geraldo Alckmin [atual chefe da legenda] decidir o que será feito”, apontou.