O senador Reguffe (sem partido-DF) considera inaceitável e revoltante a falta de 112 medicamentos na rede pública distrital. Para ele, a saúde e a vida das pessoas devem estar no topo das prioridades do governo, e o Distrito Federal não deveria fazer investimento em nenhum setor antes de resolver a questão da falta de remédios
Se hoje tem remédios para câncer e para várias doenças crônicas na rede pública do DF que estão lá por uma emenda do senador Reguffe, no Orçamento da União.
Hoje estão faltando 112 remédios na rede pública do DF. Dos 720 da lista do SUS, 112 estão em falta. Desses, 62 da farmácia de alto custo. Isso para mim é inadmissível. Tenho feito a minha parte como parlamentar.
De acordo com o senador Reguffe, "Não dá para aceitar a falta de medicamentos como se fosse algo normal e natural. Enquanto estiver faltando remédios, o governo não deveria fazer obras nem gastar com mais nada. É uma questão de prioridade. Outra coisa é essa fila na farmácia de alto custo, onde tem gente que leva seis horas para conseguir o seu medicamento. O correto seria o governo distribuir isso na casa das pessoas, inclusive porque tem muitos idosos.", concluiu o senador pelo DF.
Se o GDF não entregar o remédio em casa, que entregue os remédios para três meses e não apenas por 30 dias, já ajudaria a desafogar a fila e também melhoraria a vida das pessoas, que bastariam ir lá quatro vezes ao ano e não doze como é hoje.
- A prioridade tem que ser a saúde. Isso é algo prático, é algo concreto - disse o senador, criticando a destinação de recursos para shows, festas, eventos, e aniversário de cidade antes do atendimento ao setor.
Reguffe também criticou a persistência das filas na Farmácia de Alto Custo mantida pelo governo distrital: o senador sugeriu que os remédios sejam entregues na casa dos pacientes, o que beneficiaria principalmente a população idosa. Ele ainda associou a superlotação dos leitos hospitalares do Distrito Federal à longa espera por cirurgias.
Vejam abaixo o discurso do senador Reguffe no plenário do Senado. É preciso ter prioridade, enquanto estiver faltando remédios, o governo não deveria gastar um centavo sequer com mais nada.