Foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira, 22 de junho, a Operação Genebra, coordenada pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde e pela 7ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) e da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap/PCDF)
A operação investiga ilegalidades em contratos da Cruz Vermelha de Petrópolis com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES).
Os envolvidos são suspeitos de terem favorecido ilegalmente a Cruz Vermelha de Petrópolis em licitação que escolheu a instituição para administrar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Sebastião e do Recanto das Emas. Os dirigentes da organização teriam se apropriado de R$ 3,4 milhões (mais de R$ 9 milhões em valores atualizados) sem nunca ter prestado qualquer serviço à SES. Eles são investigados pelos crimes de dispensa de licitação, uso de documento público falso, peculato e lavagem de dinheiro. O nome da Operação é uma alusão à cidade-sede da Cruz Vermelha Internacional.
Foram cumpridos três mandados de prisão no Rio de Janeiro e nove mandados de condução coercitiva em Brasília. Os alvos dos mandados de condução coercitiva são Fernando Claudio Antunes Araújo (ex-secretário-adjunto de gestão da SES), Joaquim Carlos da Silva Barros Neto (ex-secretário de saúde), Déa Mara Tarbes de Carvalho (ex-subsecretária de programação, regulação, avaliação e controle da SES), José Carlos Quináglia e Silva (ex-subsecretário de atenção à saúde da SES) e Alba Mirindiba Bonfim Palmeira (ex-secretária adjunta de saúde), além de quatro ex-integrantes do Conselho de Saúde do Distrito Federal: Fátima Celeste, Maria Luzimar, Asenath Teixeira e Flora Rios. Os mandados de prisão foram cumpridos contra três ex-dirigentes da Cruz Vermelha de Petrópolis: Douglas Souza de Oliveira, Richard Strauss Cordeiro Junior e Tatty Anna Kroker.