Marconi Perilo comprou o PROS em 2014 por R$ 2 milhões em Goiás

Ex-dirigentes do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) confirmaram à revista "Veja" a informação de delatores da Odebrecht de que a legenda vendeu mesmo seu tempo de rádio e TV à campanha à reeleição de Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (PSDB) em 2014


As denúncias nacionais contra Marconi Perillo (PSDB) não param de aparecer. Desta vez, ex-dirigentes do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) confirmaram à revista "Veja" (em matéria de cinco páginas) a informação de delatores da Odebrecht de que a legenda vendeu mesmo seu tempo de rádio e tv à campanha à reeleição de Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (PSDB) em 2014. Além disso, teriam feito o mesmo com outros três governadores e com uma campanha presidencial. Leia a matéria de Veja clicando aqui

Os ex-dirigentes também confirmaram à TV Globo as afirmações feitas à revista. Os dirigentes dizem que o Pros vendeu, por R$ 2 milhões, seu tempo de rádio e tv para candidatos que disputavam eleição para governos estaduais em 2014. A venda foi feita às campanhas de Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo; Delcídio do Amaral, candidato do PT em Mato Grosso do Sul; Marconi Perillo, candidato do PSDB em Goiás; e Anthony Garotinho, candidato do PR no Rio de Janeiro. Além disso, também houve negociação com o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff (PT). 

O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, já havia dito que havia um esquema para a compra do tempo de rádio e TV de propaganda eleitoral. De acordo com Alexandrino, cada partido receberia R$ 7 milhões na sucessão presidencial e valores menores para os governadores, todos pagos pela Odebrecht. 

De acordo com a mais recente edição da revista "Veja", o ex-deputado federal pelo PROS Salvador Zimbaldi admitiu que recebeu de Alexandrino Alencar um pacote contendo dinheiro, que foi repassado ao partido.

O ex-deputado contou, ainda segundo Veja, que pegou o pacote a pedido do presidente nacional do Pros, o goiano Eurípedes Junior. Depois de recebe-lo das mãos de Alexandrino Alencar, contou Zimbaldi, o pacote foi entregue a um funcionário do partido, que o levou a Brasília.

Por meio de nota, o presidente do PROS, Eurípedes Junior, afirmou que "nega com veemência as acusações."

O presidente de honra do partido, Henrique José Pinto, também acusa o atual presidente Eurípedes Junior. Ele disse que, na época, chegou a comentar com Eurípedes se os R$ 7 milhões não eram dinheiro demais. Segundo Henrique José Pinto, Eurípedes teria respondido: "é pouco, vale R$ 50 milhões."


O presidente de honra do PROS, afirmou, segundo a Veja, que "o Eurípedes pediu R$ 10 milhões a cada candidato nos estados, mas acabou fechando por R$ 2 milhões."

O governador Marconi Perillo deu uma resposta protocolar à revista Veja e ao Jornal Nacional, da TV Globo (veja no vídeo abaixo). "A formação da coligação eleitoral do governador Marconi Perillo se deu segundo critérios de afinidade propositiva, estritamente de acordo com as regras estabelecidas pela legislação eleitoral", diz a nota de Marconi.


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