Brasília lidera ranking de crescimento do hipismo no país

Segundo a Federação Hípica de Brasília, houve aumento de mais de 30% no número de enduristas desde 2016

A arte equestre, também conhecida como hipismo, é um esporte centenário que foi incluído nas Olimpíadas em 1912. O esporte olímpico é diferenciado em comparação aos demais e isso é evidenciado pelo fato de ser o único em que homens e mulheres competem em condição de igualdade. Em Brasília, a prática vem se espalhando desde o início da história da capital. Em meados de 1967, a Federação Hípica de Brasília (FHBr) foi fundada com o objetivo de articular e dirigir as provas, competições e campeonatos do esporte de acordo com as leis e regulamentos internacionais admitidos pela Federação Equestre Internacional.

Hoje, a Federação conta com 18 entidades filiadas e 10 escolas de equitação. Brasília é a principal região do país em que o esporte tem sido procurado. Em 2016, de acordo com a escola Chaveaux, a capital foi a que recebeu as maiores provas da modalidade Enduro, superando São Paulo, que antes era considerada a pioneira na categoria. A prova é baseada em uma corrida a cavalo em caminhos que podem ser de 15 a 160 quilômetros, acontecendo em um único dia, com um único cavalo por competidor.

Nas primeiras aulas, os praticantes adquirem intimidade com o cavalo, para que, com a evolução gradual, seja possível a mudança de nível

Apesar do crescimento do Enduro, a modalidade de salto de obstáculos é a mais disseminada não só em Brasília, mas em todo o país. Segundo a FHBr, dos 318 atletas da cidade, 210 estão nesta classe. A prova da modalidade funciona em um percurso com diversos obstáculos, que podem chegar até a 1,60 metro, no qual o cavaleiro deve, no melhor tempo possível, cometer o mínimo de faltas, evitando que o cavalo refugue, derrube algum obstáculo ou o montador caia do cavalo.

Importantes nomes no hipismo brasiliense

Um dos cavaleiros mais premiados do Brasil, José Cabral de Araújo Neto, é dirigente da Escola de Equitação da Hípica, em Brasília. Hoje, a unidade conta com 270 alunos, cerca de 30 cavalos e já formou mais de 500 cavaleiros. A modalidade de saltos é trabalhada do nível básico ao avançado, possibilitando que as pessoas comecem as aulas apenas pelo lazer de aprender a equitação ou pelo interesse de competir. Também não é preciso esperar: a equipe aceita crianças a partir de 6 anos a pessoas que tenham até 65 anos.
Ana coleciona prêmios de competições e credita as vitórias à relação próxima que tem com os cavalos

Além dos benefícios à saúde, como o desenvolvimento da coordenação motora, controle da pressão arterial, estimulação dos sentidos, pessoas que praticam a arte equestre têm o auxílio do esporte para melhorar fobias, estimular a afetividade pelo contato com o cavalo, motivar o aprendizado, além de promover o bem-estar e a disciplina. Ana Paula Castro, 19, estudante de Medicina Veterinária, é praticante há 11 anos e concorda com a capacidade positiva do esporte. “O convívio com os cavalos e o compromisso com as competições me mudaram para melhor. Me acalmei, consegui ter uma convivência melhor com as pessoas, consegui ser mais comprometida”. Além disso, assume que é uma atividade que exige responsabilidade, principalmente com o animal. “Os cavalos e o esporte modularam minha personalidade. São animais que você deve conquistar, nunca impor sua vontade. Exige muito compromisso e complacência”, completa.

Mesmo com o crescimento notável do esporte no país, ainda existe o mito de que a atividade seja perigosa. Dudu Barreto, sócio-fundador da Chevaux, empresa que estrutura e organiza provas equestres, não concorda com essa visão, mesmo admitindo os riscos. “Todo esporte envolve riscos, mas a segurança deve ser um ponto de atenção em todas as modalidades: equipamento, preparo, prudência”. A pessoa que pratica o esporte deve se atentar, também, ao nível em que se encontra para montar cavalos que estejam ajustados à sua capacidade. “Com o tempo, o conjunto cavalo-cavaleiro se ajusta e você consegue se antecipar ao comportamento do cavalo, entender com o que ele se assusta, qual comando ele atende melhor. Manter a calma faz a diferença”, explica.

Não é necessário qualquer preparo para começar com a prática. Para a primeira aula, a escola oferece o capacete, porém, aos poucos, todo o restante do uniforme o praticante deverá adquirir. A vestimenta completa, sai por, no mínimo, R$ 700 e o valor mensal das aulas gira em torno de R$ 200 a R$ 400.

Serviço

Encontre escolas onde ocorrem aulas de hipismo e que oferecem aulas experimentais:

Escola de Equitação da Hípica

Endereço: Setor Hípico de Brasília, Lote 8 – entrada em frente ao Zoológico de Brasília

Telefone: (61) 3245-4982

E-mail: escoladahipica@gmail.com

Horário de atendimento: terça a sexta das 8h30 às 20h; sábado e domingo das 08h às 12h

Centro Hípico do Parque

Endereço: Parque Sarah Kubitschek, Setor Hípico Parque da Cidade – estacionamento 4

Telefone: (61) 3322-1167

E-mail: relacionamento@chp.com.br

Horário de atendimento: terça a sexta das 8h às 19h30; sábado e domingo das 8h às 13h

Brasília Country Club

Endereço: Park Way, Quadra 27, Conjunto 3, Lote 27

Telefone: (61) 3338-8563

E-mail: bccclub@terra.com.br

Horário de atendimento: terça a sexta, das 9h às 18h; sábado e domingo das 8h às 12h.

Por: Hanna Yahya
Foto: Hanna Yahya

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