Em palestra nos EUA, Caiado acusa PT de criar clima de discórdia no país

O senador Ronaldo Caiado criticou, nesta sexta-feira (31/03), a forma como a divisão da sociedade brasileira serviu ao projeto de poder do PT, em palestra na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos

O evento para estudantes brasileiros no exterior foi organizado pela BRASA Global Conferences. 

"O próprio Estado brasileiro, quando passou a atender a um projeto de poder de um partido, passou a fomentar a discórdia, a segmentação cada vez mais conflituosa entre ricos e pobres, produtores e índios, trabalhadores e empresários. Isso foi útil ao PT pois, a depender da conveniência, ele se colocava em favor de um dos lados e estimulava esse maniqueísmo", afirmou o senador.

Ao falar sobre o processo eleitoral em 2014, Caiado afirmou que uma campanha de mentiras e manipulação venceu a corrida presidencial e que isso levou ao atual processo de deterioração do cenário político com a quebra de confiança de Governo e Congresso com a população.

"Criou-se uma tese de populismo desenfreado levando a um processo de anestesia da sociedade brasileira. E então passaram a incentivar esse sentimento de que todos os políticos são iguais. Uma tese com o claro intuito de desmoralizar as instituições a qual eu chamo de 'moral petista'", acusou.

Para o senador, já há uma estratégia clara de PT e demais partidos de esquerda de usar o atual momento de descrédito com a política para beneficiar mais uma vez a bandeira do populismo e da demagogia no processo eleitoral de 2018.

"É lógico que, diante de tudo que estamos assistindo, com essa tese de uma moral petista de destruir instituições e utilizar patrimônio do Estado como se fosse patrimônio de um projeto de poder, beneficia a eles dizer que todos os políticos não prestam. Que o Congresso não presta, que empresários não prestam. Querem tentar eleger o mais demagogo, o que 'rouba, mas faz', o que atende aos mais humildes", explicou.

Reforma eleitoral
Ronaldo Caiado também reforçou a necessidade de aprovar uma reforma política até setembro, prazo máximo para já valer nas eleições de 2018. O democrata apresentou seu projeto de criação de um fundo eleitoral e defendeu o processo com o intuito de educar o eleitor a não só participar com o voto, mas também contribuir com as campanhas.

"Gastamos nas últimas eleições presidenciais o equivalente a R$ 6 bilhões. Nossa proposta de um fundo eleitoral prevê captar recursos que já são gastos com isenção fiscal por tempo de TV e rádio, com o fundo partidário e com multas no TSE e colocar esse fundo que vai dar em torno de R$ 4 bilhões sob a responsabilidade do cidadão", explicou Caiado. 

A intenção é fracionar os recurso obtidos entre todo o eleitorado e dar a oportunidade que cada um destine sua parte para o candidato ou partido de preferência. Processo serviria para educar população sob a necessidade de maior participação nas eleições.

Reformas
O senador falou da necessidade das reformas que o Brasil precisa e defendeu que, para aprová-las, o presidente precisa ter um diálogo franco com a população mostrando a real situação do país e passando uma ideia de comando.

"Temos hoje uma necessidade de levar ao conhecimento da sociedade a situação. Eu, como médico, sei que ninguém chega ao meu consultório pedindo para ser operado. As reformas não são uma vontade, são uma necessidade. E é isso que o presidente precisa dizer de forma franca para a população", concluiu.

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